RESENHA: BLAZING CORPSE - The Universe Shouts My Name (2016)
04/01/2017 19:39 em Resenhas

 

 

BLAZING CORPSE

Álbum 2016 “The Universe Shouts My Name”

Vozes da Morte Rec | Erinnys Prod | Death Voice Rec

A introdução deste álbum, com expressivo dedilhado, abre o portal espiritual e soturno em que as novas composições da BLAZING CORPSE adentraram!

Com hinos extremamente lentos, pesados, ritmicamente cadenciados, suntuosos arranjos de teclados e vocais que ora em agonia, ora em cantos profundos, nos exortam ao mais puro Dark Doom Metal tal qual feito nos primórdios anos noventa, ainda que revestidos em couraça musical contemporânea; moderna.

A lírica, expressa introversão depressiva e absoluta, transita interpretações em certo ocultismo gnóstico encoberto pelo véu da existência e imerso no ente da escuridão. A arte gráfica, consonante à temática, trazem letras, imagens e fotos com bastante refinamento.

É certo, por todo conjunto que este full-lenght apresenta, que amantes de ANCIENT WISDOM, IN THE WOODS, THY SERPENT, OPHIS, GUEHENOM e MY DYING BRIDE o cultuarão como ópio da alma, uma obra-prima da cena nacional, com particular destaques para as faixas “Before Sunrise”, “Soturna”, “The Universe Shouts My Name” (com trechos em português) e “The Impious Desire”.

(Por: PAVLLVS MOVRA, MMXVI.X)

 

 

 

Primeiro Trabalho desta importante horda do cenário nacional é digno de merecimento. Após um hiato de quase 15 anos de seu último lançamento oficial (a demo tape “Nocturne Delirium”) “The Universe Shouts My Name” é o nome deste 1º Full-Lenght lançado pelas gravadoras Erinnys Productions, Voz da Morte e Death Voice Records.

Os sons de uma sublime ventania abrem a intro “Imerse in a Deep Dream...” seguidos dos primeiros acordes da guitarra acústica de André Luiz (irmão gêmeo de Adriano Luiz – tecladista e vocalista), guerreiros remanescentes desde o início do BLAZING CORPSE em 1996.

Já nos primeiros acordes de “Before Sunrise”, nota-se com clareza a grande influência que a BLAZING CORPSE possui dos suíços da SAMAEL, lembrando muito os trabalhos “Blood Ritual” e “Ceremony of Opposites” em boa parte das composições. 

A terceira faixa “Ever Cloudy” começa de cara com os vocais de Adriano (um dos maiores vocalistas do underground) com o instrumental de riffs rápidos alternando no final com passagens lentas e quebradas. Os teclados no fim lembram muito os primeiros trabalhos da banda Mineira SILENT CRY.

Quando se ouvem os primeiros acordes de “Soturna”, é impossível não ressaltar a influência do Heavy Metal tradicional na sonoridade da banda. Com o passar da música, percebemos também muito de Doom Metal, trazendo aqui uma das principais características da sonoridade da BLAZING CORPSE: A impossibilidade de rotular seu som. Passando da metade, entra a velocidade dos riffs para quebrar todos os pescoços de tanto banguear!! 

“The Universe Shouts My Name”, a faixa título, não deixa nenhuma dúvida quando menciono as influências de SAMAEL do começo ao fim sendo que os vocais nesta faixa merecem grande destaque. 

“Nox Splendor” mostra composição bem diferente de todas do CD enquanto “The Impious Desire” e “Prana-Ribus” completam a cerimônia.

 E “...to Eternity” finaliza este grande trabalho, mandando para o Universo a espera de alguém chamar pelos nossos nomes!

(Por: EDMILSON CHAMBA)

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