RESENHA: AS DRAMATIC HOMAGE - Enlighten
15/08/2016 21:39 em Resenhas

 

Eis que o As Dramatic Homage resurge após quase quatro anos do lançamento de "Crown" (2012) com o EP "Enlighten", mostrando seu Avant-garde Metal característico, e parece que este período fez um bem danado para a banda, que agora se mostra mais segura e confiante.

O cd traz alguns pontos de destaque, como nos solos de guitarras mais harmônicos e bem construídos, e Alexandre Pontes mostrando vocais mais firmes e consistentes, além de uma atenção especial no baixo, que esta bem equalizado.

O álbum abre com a instrumental "Advert", uma intro bem questionadora e inquietante, que já deixa o ouvinte instigado para o que virá a seguir.

A segunda música é a regravação da faixa "Astral Infernal", música original do cd-demo "Atmosphere of Pain / Anthems of Hate" de 2005, influenciada pelo Black Metal, com muito peso e velocidade, mostrando todo o entrosamento do grupo, com solos bem construídos e com destaque para o trabalho da bateria.

"Praxis' é um tema acústico, com grande influencia de Pink Floyd, porém muito mais sombria e intimista.  É nesta faixa que o vocal se destaca, acompanhado por uma base de teclados e sintetizadores, além da algumas incursões da guitarra.

Em "Enlighten" a banda apresenta um tema mais cadenciado, que nos remete a uma sonoridade mais Folk, bem na escola do Vintersorg da fase "Visions From The Spiral Generator'.  Nessa faixa também estão presentes todos os elementos evolutivos mencionados até agora.

Fechando com chave de ouro, o EP traz a versão para "Full Moon Madness", gravada para o Tributo ao Moonspell e que conta com narrações na Língua de Camões a cargo de Alexandre.  Esse som não faz parte da sessão de gravações deste trabalho, por isso notamos algumas diferenças de timbragens, mas nada que comprometa,

O termo Enlighten está associado ao esclarecimento, “seja ele devido às experiências boas e ruins ou como cada um pode lidar com alguns fatos e consequências” - esta é a explicação da banda para o titulo do álbum, e a arte gráfica representa exatamente esse conceito de dualidade, onde somos responsáveis pelas nossas decisões e resultados a partir delas, alem disso, essa linha de pensamento também é retratada nas letras que não são conceituais, mas que segundo a banda, se conectam entre si.

 

Que este lançamento seja apenas uma previa do que a banda trará no lançamento do próximo Full-length.

(Por: Nei Batera)

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