RESENHA: COLDBLOOD - Indescribable Physiognomy of the Devil
Resenhas
Publicado em 03/08/2016
 
 
Em determinado momento, algumas bandas se vêem diante de uma tarefa ingrata: Como gravar o próximo disco sendo que o anterior foi uma verdadeira obra-prima? Muitas dessas bandas fracassam e lançam álbuns inferiores, mas este não foi o caso da veterana COLDBLOOD.
 
Três anos após o fantástico "Chronology of Satanic Events" eis que os cariocas apresentam "Indescribable Physiognomy of the Devil".
 
E este consegue ser ainda mais fantástico que o anterior!
 
"God is Dead! Satan Lives!"
 
O play abre com "Indescribable Physiognomy of the Devil" e a faixa-título é uma daquelas que já nasceram clássicas. Impressionante a evolução da banda do disco anterior para este. E olha que já são quase 25 anos de Death Metal!
Impossível ouvir esta faixa apenas uma vez!
 
"Tetragrammaton" e "Darkness Above the Firmament", não à toa alguns dos melhores momentos do disco, mostram o poder de fogo desta formação, com Diego Mercadante (guitarras e voz), Artur Cirio (guitarras), Vitor Esteves (baixo) e o "monstro" Markus Couttinho (bateria).
 
Depois daqui temos uma verdadeira aula de Death Metal. Faixas como "The Synchrony of the Cursed Star", "Cocoon of Neophyte" e "Demons of Nox" (pra ficar apenas em três exemplos) mostram uma banda afiada, que entende muito bem quando o assunto é Metal Extremo. Impressionante a coesão dos membros na construção de riffs marcantes, com uma cozinha que prova ser uma das mais talentosas do país.
 
A coisa fica séria em "Sulphur". Nunca um título foi tão propício a uma faixa, já que esta exala enxofre em seus pouco menos de 3 minutos de intensa brutalidade. O inferno regozija a cada riff maldito dessa faixa (e do disco, como um todo).
 
Seja nas faixas mais rápidas ou até mesmo nas cadenciadas, é inegável a qualidade técnica da COLDBLOOD quando o assunto é Death Metal. Diferente de muitas bandas que lançam discos cada vez mais repetitivos e sem inspiração, temos aqui uma obra obrigatória para qualquer um que se julga um amante do Metal da Morte.
 
Parabéns à Distro Rock, Mutilation Productions e Feed Bizarre por acreditarem em uma das mais tradicionais bandas brasileiras e oferecer ao Deahbanger uma obra-prima do underground nacional.
 
(Por: Daniel Aghehost)
 
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