RESENHA: LYKAIONAS - Luciferian Fullmoon Necromancy (2016)
Resenhas
Publicado em 04/09/2017

 

 

Lykaionas - Luciferian Fullmoon Necromancy

 

Uma das melhores coisas quando o assunto é Black Metal grego é o fato de termos bandas de vários aspectos naquela região. Das mais climáticas às mais agressivas, hordas interessantíssimas surgiram no país de Sócrates e Platão.

E uma dessas hordas, surgida no ano de 2009, é a ateniense LYKAIONAS.

Formada por Porphyrion (Guitarras, teclados e vocais - KAWIR, NERGAL, ACHERONTAS), Yngve (Bateria - DISMAL CHANT, EMPIRE OF THE MOON) e Melanaegis (Guitarras, baixo e teclados - KAWIR), a LYKAIONAS finalmente apresenta ao underground seu primeiro álbum: "Luciferian Fullmoon Necromancy".

Diferente do que seus integrates fizeram nas demais bandas pelas quais passaram, temos aqui um Black Metal cru, agressivo, com algumas partes climáticas que tornam o trabalho ainda mais grandioso.

"Satanic Tyrant of the North", a faixa que abre o disco, mostra exatamente todo o poder da LYKAIONAS. Pouco mais de sete minutos de total ódio à luz em um hino de pura bestialidade. O entrosamento da banda nesta faixa beira a perfeição.

"Lunar Blood Cults" e "The Elder Necromancer" seguem uma linha que lembra em muito as bandas de Black Metal finlandesas, principalmente por uma parte mais direta em suas conduções. Mesmo assim, ainda é possível identificar as influências tradicionais da sonoridade grega. Grandes faixas!

"The Cosmos Epitaph" é uma faixa técnica demais. Ouça com o volume no máximo e preste atenção em cada detalhe. É possível perceber como os músicos construiram aqui algumas das bases mais profanas do Black Metal atual, transitando do cru ao melódico de forma precisa. Incrível também a potência vocal de Porphyrion, cantando de forma muito mais agressiva que nas demais bandas pelas quais passou. Uma faixa memorável, onde podemos perceber o quão diferentes são as bandas daqueles lados.

O álbum segue com outros dois grandes momentos: "En to Pan (Ouroboros)" e "Hermetic Visions of Goat Worship". Estas duas possuem ainda mais elementos helênicos, remetendo às clássicas bandas gregas. 

"The Four Crown Princes of Hell", a maior do disco, leva também o título de melhor momento dentre tantos excelentes momentos. São mais de 13 minutos em uma viagem pelo reino de Hades, transitando sentimentos em sua negra música.

Sem dúvidas, podemos ficar tranquilos em relação à sonoridade negra vinda das ilhas gregas. Por muito tempo ainda se fará Metal Extremo de qualidade naquela região.

Torça para que este lançamento apareça por aqui, pois é mais um daqueles álbuns que já nascem clássicos.

 

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