RESENHA: COUNTESS - Fires of Destiny (2016)
Resenhas
Publicado em 20/06/2017

 

 

Countess - Fires of Destiny

 

Como começar uma resenha quando você já gostou demais dos segundos iniciais da primeira faixa?

 

Com esta pergunta na cabeça, começo a escrever sobre "Fires of Destiny", décimo quinto trabalho da holandesa COUNTESS.

 

Sim, essa mesma! Responsável por alguns dos discos mais emblemáticos do Black Metal mundial como "The Gospel of the Horned One" (1993), "The Return of the Horned One" (1994) ou "Ad Maiorem Sathanae Gloriam" (1995), pra ficar apenas em alguns, os holandeses voltam dois anos após o lançamento do mediano "Ancient Lies and Battle Cries".

 

"Runenlied", faixa que abre o disco, possui uma linha de teclados vinda diretamente do início dos anos 90. Sabe aquelas gravações que tanto adoramos, feitas em poucos canais e repletas de sentimento obscuro? Pois tudo isso se faz presente nesta faixa! Há tempos não ouço algo tão poderoso...

Se o disco se resumisse apenas a estes pouco mais de 5 minutos, já valeria sua aquisição!

 

Pra nossa sorte, na sequência temos "Fly the Battle Flag" e sua levada que lembra muito o Heavy Metal tradicional. Apenas no andamento das guitarras, já que toda a sonoridade remete aos primórdios da banda.

 

"Fires of Destiny" e sua introdução acústica logo mudam para uma sonoridade suja, onde guitarras inspiradíssimas são acompanhadas por uma linda linha de teclados. Que faixa!

 

Agora, "Rise of the Horned One" parece saída de algum dos pirmeiros discos da COUNTESS. Até os vocais de Orlok (a mente por trás da horda) estão no mesmo clima.

Ele que foi o único responsável pela maioria dos álbuns, em "Fires of Destiny" tem a companhia de Zagan (guitarras) e Mortuum (bateria).

 

E esta formação foi benéfica, já que proporcionou, por exemplo, "Plague Upon the Pious". Se você começasse a ouvir o disco por aqui nunca imaginaria se tratar de um disco de Black Metal. Uma sonoridade voltada ao Heavy Metal, seja nas guitarras, seja no andamento da "cozinha", esta é uma das faixas mais inspiradas da banda. Destaque também para os backing vocals nesta faixa. Um primor!

 

"Today is a Good Day to Die" muda completamente o andamento do disco. Seu início grandioso remete de cara à fase viking da lenda BATHORY. E mesmo mudando o andamento, a COUNTESS acerta novamente! Faixa empolgante, onde a banda presta uma verdadeira homenagem a uma de suas eternas influências. Outro momento memorável de "Fires of Destiny".

 

Que esperar de uma faixa chamada "Choir of the Valkyries"?? No mínimo algo grandioso... E é o que temos aqui. Uma faixa bem melódica, onde os teclados criam todo o coral para que Orlok possa abusar de uma estupenda interpretação.

 

O disco já merece menção honrosa até aqui, mas ainda temos as inspiradas "Treason of Kings" e "See the Ravens Fly" que precedem a épica "Bard Van Het Verleden" com seus mais de 9 minutos de uma viagem aos primórdios da sonoridade da COUNTESS.

 

Um álbum dotado de uma atmosfera totalmente diferente do que estamos acostumados a ouvir atualmente, mas que não surpreende quem já é familiarizado com a sonoridade da grande COUNTESS. 

 

Mais que recomendado!

 

(Daniel Aghehost)

 

 

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