PRIMEIRAS IMPRESSÕES: THE TROOPS OF DOOM - A Mass to the Grotesque (2024)
Resenhas
Publicado em 08/07/2024

THE TROOPS OF DOOM  - A Mass to the Grotesque

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PRIMEIRAS IMPRESSÕES

"A Mass to the Grotesque", novo trabalho da poderosa THE TROOPS OF DOOM, é uma obra que exemplifica o auge do death/thrash metal, demonstrando uma evolução significativa na sonoridade da banda desde seus primeiros registros. O disco apresenta uma fusão entre a brutalidade crua e a melodia sombria que caracteriza o estilo da banda, consolidando seu lugar como um dos principais nomes no cenário do metal extremo contemporâneo.

O álbum abre com "Solve Et Coagula – Introduction", uma faixa atmosférica que prepara o terreno para o cataclisma sonoro que se seguirá. Logo em seguida, "Chapels of the Unholy" explode com riffs rápidos e agressivos, uma marca registrada do guitarrista Jairo "Tormentor" Guedz. A faixa captura a essência do thrash dos anos 80 e 90, misturando elementos de KREATOR, DESTRUCTION e SLAYER, com uma energia avassaladora que prende o ouvinte do início ao fim.

"Dawn of Mephisto" é uma das faixas mais notáveis do álbum, destacando-se pelo riff melódico, que engrandece ainda mais a sonoridade da banda. A faixa equilibra perfeitamente velocidade e melodia, criando um contraste interessante que enriquece a dinâmica do álbum. A execução técnica dos músicos é impecável, com solos de guitarra que exibem tanto destreza quanto criatividade. O trabalho que Jairo Guedz e Marcelo Vasco os credencia como uma das maiores duplas de guitarristas da atualidade, criando riffs requintados e solos que elevam o nível das guitarras no metal extremo.

Em "Denied Divinity", a banda continua a entregar uma performance sólida, com guitarras afiadas e uma seção rítmica poderosa. A voz de Alex Kafer é uma presença dominante, canalizando a agressividade que o estilo exige. Sem dúvidas, a voz perfeita para o poderio da banda. A faixa é um exemplo de como a banda consegue capturar a essência do metal antigo enquanto adiciona sua própria identidade ao som.

"The Impostor King" e "Faithless Requiem" são músicas que mostram a versatilidade da banda. Ambas combinam a intensidade do thrash com momentos mais cadenciados e melódicos, lembrando os grandes momentos que o heavy metal proporcionou, criando uma experiência auditiva rica e variada. A habilidade dos músicos em transitar entre diferentes tempos e estilos mantém o ouvinte engajado e ansioso pelo próximo movimento.

"Psalm 7:8 – God of Bizarre" é uma peça épica de mais de oito minutos que explora um lado mais progressivo da banda. A faixa incorpora mudanças de tempo e texturas variadas, oferecendo uma jornada auditiva complexa e cativante. A influência do death metal clássico é evidente, mas a banda consegue inovar e trazer novos elementos para a mesa. Sem dúvidas, um dos momentos de destaque do disco!

"Terror Inheritance" é outra faixa que merece destaque, lembrando a era clássica do thrash metal, fazendo com que os amantes do estilo atinjam o êxtase logos nos acordes iniciais. Os riffs são rápidos e precisos, enquanto a bateria de Alexandre Oliveira adiciona uma camada de agressividade que eleva a intensidade da música. A combinação de vocais ferozes e instrumentação afiada faz desta uma das faixas mais impactantes do álbum.

"The Grotesque" e "Blood Upon the Throne" continuam a tendência de mesclar velocidade com melodia. As faixas são construídas sobre uma base sólida de riffs poderosos e solos intricados, mostrando a habilidade da banda em criar músicas complexas e cativantes. A produção do álbum, realizada por André Moraes e mixada/masterizada por Jim Morris, é de altíssima qualidade, garantindo que cada detalhe sonoro seja capturado com clareza e potência.

"Venomous Creed" encerra o álbum com chave de ouro, incorporando influências de doom metal que adicionam uma dimensão sombria e atmosférica à música. A faixa finaliza a jornada auditiva com uma nota poderosa, deixando o ouvinte ansioso por mais.

A arte da capa, criada por Dan Seagrave, complementa perfeitamente a música do álbum, oferecendo uma representação visual da temática sombria e grotesca explorada nas letras e na sonoridade. O trabalho de Seagrave é detalhado e evocativo, capturando a essência do álbum de uma maneira que enriquece a experiência geral.

 

 

 VEREDITO

Para mim,  "A Mass to the Grotesque" é um álbum que consolida a THE TROOPS OF DOOM como um dos novos e poderosos nomes na história do death/thrash metal mundial.

A banda conseguiu capturar a essência do metal dos anos 80 e 90, ao mesmo tempo em que inovou e adicionou sua própria marca ao gênero.

Com uma produção impecável, performances técnicas impressionantes e uma visão artística clara, este álbum é uma adição essencial à discografia de qualquer fã de metal extremo.

 

(Daniel Aghehost)

 

9.2/10

 

 

TRACK LIST

1. Solve Et Coagula - Introduction

2. Chapels of the Unholy

3. Dawn of Mephisto

4. Denied Divinity

5. The Impostor King

6. Faithless Requiem

7. Psalm 7:8 - God of Bizarre

8. Terror Inheritance

9. The Grotesque

10. Blood upon the Throne

11. Venomous Creed

 

 

 

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