SABBAT “ENVENOM” – SPEED METAL COM A VELHA AURA SATÂNICA E OCULTA
13/05/2024 12:16 em NOTAS DO SUBMUNDO - EDITORIAL

SABBAT “ENVENOM” – SPEED METAL COM A VELHA AURA SATÂNICA E OCULTA

Por Benedicto Junior

 

Finalmente temos em nossas terras este que pode ser um dos principais discos da cena underground japonesa, mas antes de falar do disco em si, devemos ter a noção de que a banda começou a dar seus primeiros ataques sonoros em 1983, ainda com o nome de Evil, para posteriormente mudar a alcunha para Sabbat. Se pararmos para pensar, o Sabbat poderia muito bem ser incluído no panteão ao lado de Venom, Hellhammer, Sodom e outras, já que seus lançamentos remontam a 1985.

 

Conhecida por muitos adeptos da música pesada, sua sonoridade esbarra no Speed Metal com a velha aura satânica e oculta, e esses elementos iriam sedimentar toda a carreira do Sabbat até o lançamento de seu primeiro álbum completo, "Envenom", em 1991. Ou seja, são 33 anos de espera para ter esse clássico lançado aqui no Brasil, e aí temos que dar graças ao Kito por meio da Voz da Morte, que trouxe essa preciosidade até nós, mesmo que seja mais de três décadas após.

“Envenom” hoje soa clássico, com uma pegada de nostalgia auditiva ao recapitular cada música e letra contida nele, esbarrando na simplicidade lírica e na agressividade sonora que compõem a trilha sonora do inferno japonês de forma totalmente original, sendo um excelente início para qualquer headbanger que queira se aventurar na cena negra do Japão. O destaque deste álbum é sua produção, que transmite a sensação de estar em uma sala pequena enquanto os músicos tocam ao vivo. Por fim, talvez seja porque o Sabbat sempre fez as coisas do jeito que queriam, seguindo suas próprias intenções e sem se preocupar com mais ninguém.

O material apresentado e licenciado pela Voz da Morte é sensacional, trazendo o resgate fidedigno de seu tempo, ora lançado na época pela Evil Records, com suas 12 músicas remasterizadas e mais 3 sons de bônus para a nossa edição. Vale muito a pena conferir e ter “Envenom” do Sabbat em mãos, que, a meu ver, é um disco obrigatório na sua coleção. 

 

Apocalipse Press

 

 

 

 

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