RESENHA: LACERATED AND CARBONIZED - EKTOMORF em São Paulo/SP
22/03/2019 18:47 em Resenhas

 

 

LACERATED AND CARBONIZED – EKTOMORF

SESC POMPEIA – 06/02/2019

 

O SESC Pompeia abre suas portas novamente para a musica pesada, sendo uma das instituições que mais apoiam a arte e a musica, sem marginalizar nenhum estilo e sim, dando espaço a todos os movimentos, sendo essa uma bela iniciativa.  Desta vez os convidados para o evento foram os cariocas do LACERATED AND CARBONIZED e os hungaros do EKTOMORF em uma noite de muita pancadaria sonora.

 

O LACERATED inicia o show no horário marcado, mostrando seu Death Metal pesado, porem bem técnico apresentando musicas do seu mais recente trabalho NarcoHell, além de outros registros de sua discografia como The Core of Disruption e Homicidal Rapture.  A banda não deixou a galera respirar executando suas musicas extremamente rápidas onde o guitarrista Caio Mendonça despejava sem piedade toda a sua raiva no instrumento tocando como se o fim do mundo estivesse próximo, atitude essa também compartilhada pelo baixista Paulo Doc mostrando serem uma dupla bastante entrosada e com a mesma agressividade.  O vocalista Jonathan Cruz se mostrou bastante comunicativo com o publico, sempre agradecendo a presença de todos,  ele se movimentou por todo o palco agitando a galera e não deixando a adrenalina cair deixando claro que alem de tudo também estavam curtindo estarem ali.  A surpresa ficou a cargo da bateria, sendo executada pelo Sandro Moreira (Rebaelliun) mostrando toda sua técnica e precisão, vale lembrar que a essa formação teve apenas 01 ensaio para poderem acertar todos os detalhes para essa apresentação, e dada à complexidade dos sons do Lacerated todos estão de parabéns, pois foi um show impecável.  Ao final podíamos ver os membros conversando, autografando e tirando fotos com os presentes, mostrando serem bastante acessíveis e comunicativos com a galera.  Vale lembrar que entre os presentes estava Max Koslene (Krisiun) que prestigiava a destruição sonora que o Lacerated promoveu no palco.

A segunda banda a subir ao palco foi o Ektomorf, e antes de qualquer coisa, vale aqui uma analise para continuarmos com a resenha.  O Ektomorf é uma banda bastante influenciada pelo SoulFly da época do..., ou seja, apesar ser uma banda de Thrash Metal, seu som se aproxima e muito do Nu Metal, dessa forma, notamos que seu publico também não é o mesmo que vemos normalmente em um show de Thrash Metal, já que percebemos vários grupos distintos, tais como uma galera com visual de gangue latina ao melhor estilo Suicidal Tendencies, ou a galera que é adepta do Hardcore, deixando o local com certa diversidade de tribos.  A banda subiu ao palco e iniciou a pancadaria sonora, apostando em sons do seu ultimo álbum de estúdio Fury de 2018, alem de sons que abrangem todas as fases de sua carreira, e notamos que ao vivo a banda emana muita força, peso e agitação, sempre procurando agitar a galera, o vocalista se mostrou bem comunicativo e arriscou ate umas poucas palavras de agradecimento em português, enquanto a banda também cumpria seu papel com bastante competência não deixando  o pique cair no local.  Como mencionado acima, a banda aposta em um estilo musical bem característico, e talvez ai comece o problema, pois para os fãs foi um apresentação insana e empolgante, porem, para a galera que não é muito adepta de Nu Metal, o show é empolgante nos primeiros sons, legal nos próximos, e bem derivativo no restante, e talvez o fato de o som estar num volume extremamente alto no SESC tenha contribuído para que uma parte dos presentes começasse a perder o interesse no final do set dos hungaros.  Em contrapartida, notamos que para os fãs essa foi uma apresentação bem marcante, visto que a galera não parava de agitar um só segundo, deixando bem claro que cada nicho tem seu publico fiel e que esse show atingiu em cheio seu publico alvo, cumprindo com seu dever.

O ponto negativo foi para um principio de briga que houve no meio da apresentação do Ektomorf, algo que eu nunca tinha visto em vários shows de Metal nas unidades do SESC, porem a mesma foi rapidamente debelada, e os ânimos se acalmaram, dando vazão apenas para a adrenalina liberada pela energia que vinha do palco.

O ponto positivo fica para a bela apresentação do LACERATED, mostrando que o Brasil ainda é berço de grandes bandas de Musica Extrema, e novamente para o SESC, que abre espaço ao Metal em suas dependências, oferecendo toda a estrutura que um evento, seus artistas e seu publico merecem, parabéns pela iniciativa.

 

 

 

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